segunda-feira, 11 de abril de 2011

O que faz a gente se apaixonar por alguém?

Por que escolhemos uma pessoa ao invés daquela outra, igualmente boa?
Seria o cheiro de perfume atrás da orelha, o modo em que as mãos nos envolvem a cintura ou afastam os cabelos dos olhos? Seria porque ele sabe tudo sobre a Europa, recita Drummond e cantarola Vinicius?
Nunca saberemos se é porque ele no fundo gosta de novela ou porque deixa a gente com o controle da TV. Nem se é porque gosta de cachorros, de ver nossas fotos de criança, ou pela maneira agradável como trata o porteiro.
Pelas piadas sem jeito sobre futebol que conta pro seu pai, só para fazer amizade. Por atender baixinho o telefone quando você liga no trabalho dele, mas dizer que te ama no final. Ou pelas vezes em que ouve em silênio você reclamar de suas amigas, uma por uma.
Talvez seja pelo olhar ansioso quando te olha atravessar a rua para entrar no carro.
Na verdade é a combinação de toda essas características e defeitos. A combinação maior ainda de afinidades, momento certo, química e despredimento para se envolver.
Mais do que o momento certo... O momento perfeito faz com que tudo conspire.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Quanto mais eu vivo, mais eu acho a vida engraçada

Quando você é mais novo, ouve dos seus pais que "a vida se encarrega, se encaminha" e não acredita muito. A felicidade parece que tem prazo de validade, precisa ser vivida hoje. E quando alguém te diz, em forma de conselho clichê e honesto: "O que tiver que ser, será"? Nunca me pareceu verdade e sim um jeito simpático de se esquivar de um conselho mais palpável. Sempre pensei que as coisas jamais simplesmente aconteceriam para mim, a não ser que eu as perseguisse muito. E de fato, nada acontece sem nossa determinação, mas a vida, engraçada como ela só, se encarrega sim de trazer novas e revigorantes oportunidades (e pessoas!) para gente. Sempre adorei o acaso, gosto de não saber o que me aguarda. Estar tranqüilo para apreciar esses novos cenários me parece um jeito feliz de se viver.
Mas, até que ponto conseguimos controlar nossas expectativas? Será possível existir o verdadeiro carpe diem? E mais, ainda, até que ponto nossa ansiedade pode nos sabotar, de diversas maneiras?
Eu sempre pergunto e nunca deixo respostas, mas dessa vez eu ensaio algumas (parte do plano de mudanças leves e "fazer diferente" para esse novo ano):
1. Controlar expectativas é um exercício diário. Se não esperamos pelo melhor, o mediano pode ser incrível! Acho que serve também para aprendermos a não esperar demais das outras pessoas. Aceitar diferenças pode ser interessante e benéfico.
2. Carpe diem funciona sim. Durante uma viagem incrível. No começo de um relacionamento. E só (mais algumas poucas exceções).
3. Ansiedade é um mestre sabotador de todas as coisas. Ainda me impressiono com o poder da mente. Tentemos pensar racionalmente sobre isso. (Vou pensar também e volto com conclusões!).

A verdade é que nunca teremos muitas certezas. Eu acho difícil encerrar e iniciar etapas, como já escrevi muitas vezes aqui. E nós precisamos de certezas para dormirmos tranqüilos. Então proponho uma solução: certifique-se de você está fazendo tudo pela sua felicidade. Tenha certeza disso. Depois relaxa, pede um drink e aproveita, (que o sono vem!).